sábado, 26 de março de 2011


Sabe, muitas vezes me pego a pensar se existe mesmo esses apaixonados de filmes, esses homens que te ligam de volta mesmo quando você desliga na cara deles, que viram o mundo de cabeça pra baixo pra te reconquistar ou só pra tirar um sorriso seu. Parece tudo muito surreal quando a gente observa os “queridos relacionamentos passados”. Mas eu acho que o que tá faltando é paixão; acho que quando um cara se apaixona de verdade, ele é capaz de ser mais romântico que o Gerry, em P.s. Eu te amo. E até muito mais prestativo que Mark Darcy, em o Diário de Bridjet Jones. Quem sabe eles ainda não estão preparados e se escondem atrás de uma casca como o surpreendente Alex de Ele não está tão a fim de você. O que sei é que mesmo depois de ter vivido tanta coisa, presenciado tanta coisa, sabendo que o meu príncipe encantado não vai chegar em um cavalo branco, não nego que ainda sonho com meu conto de fadas.

Sim, eu choro nas declarações de amor que aparecem nas novelas, eu me emociono com as histórias reais que mais parecem fantasia, com aquele amor que apareceu de repente e preencheu um coração vazio. Mas o meu envolvimento pára ali e permanece somente ali. Na minha realidade é diferente; nada desse tipo de coisas acontece, os amores são cheios de defeitos, e ao invés de preencher, aumenta ainda mais o espaço vazio. A minha realidade não é de novela ou de filme, não dura apenas algumas horas ou está dividida em capítulos que por fim serão felizes. O meu amor não larga tudo pra vir me ver, e muito menos vem montado em um cavalo branco. Mas eu não me importo. Eu ainda vou pra cama todos os dias sonhando com um amor. Um amor simples, um amor bom. Ao acordar, eu tenho a coragem de olhar pra frente e perceber que eu não tenho um amor, mas que eu ainda vou viver muito e, quem sabe um dia, encontrá-lo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

E eu já desisti de mentir. Eu te gosto mesmo e te gosto muito. Gosto sem pormenores, gosto até dos teus defeitos. Eu só tô precisando de você aqui, nem que a gente não converse, nem que a gente não se olhe. Eu só to precisando de você aqui, nem que seja só pra ouvir o teu silêncio. Aliás, acho que eu nunca quis tanto assim um silêncio.
Às vezes a gente tem tanto medo de se machucar que acaba procurando alguém que seja o mais parecido possível com a gente. Mas quer saber, eu quero um cara como aquele que eu li em um livro, certa vez; que me agarre pela cintura, tenha lábios fortes e me beije com vontade. Cansei de romances mornos.


Chega um dia em que o que a gente mais quer é (re) começar. (Re) Começar a viver, a despertar para o que está bem na tua frente, mas que teus olhos distraídos não conseguem ver. Dar um tempo pra gente, colocar tudo de novo no lugar. Claro, nada volta a ser como era. Nós não voltamos a ser como éramos. Depois de apostar todas as nossas fichas em algo visívelmente inviável (todo mundo comete esse tipo de erro, principalmente quando o assunto é o amor), a vontade é de deixar rolar, ver o que vai ser dali para frente, afinal, a vida segue, não é mesmo?

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…É renovar as esperanças na vida e o mais importante… Acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você. 

(Carlos Drummond de Andrade)